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Para bom entendedor, quantas palavras bastam? Às vezes nenhuma!

29 | 06 | 2015
Fala Diretora
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Para bom entendedor, quantas palavras bastam? Às vezes nenhuma!

O valor das palavras é fluido, ou seja, não se sustenta eternamente. Verdade!

O que era próprio e adequado no passado, não tem o mesmo valor no presente e não o terá no futuro. Aposto!

Atualmente a linguagem está sendo assediada pela utilização intensa nos meios midiáticos e também nos aparelhos pelos quais nos comunicamos com outros.

Nem por isso ou por aquilo, podemos dizer o que pensamos. Claro!

Hoje em dia, há de se ter um cuidado muito grande na utilização dos termos e na modalização deles. Haja eufemismos! Se assim não o fizermos é assédio moral para lá, bullying para cá e tome tento! Acusações às mãos cheias!

Na escola, as coisas mudaram muito. As palavras parecem estar num patamar nunca dantes na história da educação desse país, companheiros!

Lembro-me de broncas homéricas que tomei na infância. Também, reconheço que as mereci e ainda foram poucas. Eu era realmente terrível!

Minhas professoras descascavam o verbo e eu ficava envergonhada, mas não me emendava! Adorava brincar e conversar o tempo todo!

Atualmente, os professores precisam ter cuidados especiais quando forem repreender os garotos, porque a maioria deles não aceita ser chamado à atenção. Pior ainda são os pais que ficam indignados quando seus meninos chegam a casa dizendo que o professor falou isso ou aquilo.

Não é raro ouvir de pais que nem eles falam com os filhos dessa maneira.

Se é certo ou se é errado, afinal, são outros tempos.

Costumo falar com meus amigos educadores que devemos nos monitorar quando tivermos que falar sério com os garotos. Cautela e canja de galinha…

A meninada de hoje dá as cartas e ainda são primeiros de mão, ou seja, são eles, em sua maioria os que decidem sobre suas ações e atitudes.

De minha parte, ando refletindo muito sobre meus sermões e acho que devo diminuir ao máximo a utilização das palavras. Quero guardá-las para elogiar e apoiar. Multiplicá-las às potências elevadas nos casos dos bons meninos e para aqueles que não estão adequados e ainda têm o apoio irrestrito da família, deixo apenas o olhar triste e a torcida para que mesmo agindo por si próprios, no controle de atos muitas vezes impróprios, o futuro lhes reserve sucesso e boas conquistas.

 

Sonia Regina P G. Pinheiro